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MILIONÁRIO BRASILEIRO POSSUI COLEÇÃO DE MAIS DE 500 CARROS ANTIGOS E RAROS

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Cerca de 500 raridades em forma de carros, todos eles devidamente catalogados e estacionadas em cinco galpões da Zona Oeste de São Paulo.

Na cabeça de Paulo “Louco” Figueiredo, responsável por organizar a “Coleção J. O. R. M.”, esse é o resumo da história de um dos maiores e mais ricos acervos automotivos do Brasil. E não é qualquer modelo que pode fazer parte desta galeria. “Cada carro ou moto que você vê aqui tem algo especial”, adianta o empresário de 56 anos.

Mas ele não é o dono: há nove anos atua como curador da J. O. R. M.. O nome do verdadeiro dono é mantido sob total sigilo: “Prefere não aparecer, deixa tudo na minha mão”.

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Foto: Murilo Góes/Uol

Popular no mundo dos antigomobilistas, Paulo Louco só não esperava virar tema de série de TV: sua história deu origem à série “Classicomaníaco” para o canal pago Discovery Turbo.

Mas até isso vira piada. “O Discovery me ofereceu um cachê de US$ 250 mil, um apartamento em Miami, e eu prontamente aceitei”, brinca, às gargalhadas. Um amigo, colecionador de Porsche, sugeriu sua história para a produtora: “Eles vieram e acharam que daria um seriado. Foi um ano gravando, tipo um reality, mesmo. A parte mais bacana é ter contato com os proprietários, com os pilotos, com as famílias, a preservação da história”.

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Foto: Murilo Góes/Uol

Preservar parece ser, de fato, o discurso principal de Paulo Louco, que diz ter planos para transformar tudo em museu público para a cidade de São Paulo. “O interesse era doar essa coleção inteira para a cidade de São Paulo. Dois prefeitos estiveram aqui, fizeram promessas que deram em nada”, lamenta.

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Foto: Murilo Góes/Uol

Haja disposição para ver tudo! É tanto carro, que tudo é dividido por seções: carros de corrida/competição, clássicos luxuosos, esportivos, hot-rods, históricos, e por aí vai. Difícil é retirar um modelo que está guardado lá no fundo do galpão. “Às vezes demoramos horas para manobrar tudo e retirar um único carro”, entrega o mecânico e faz-tudo Pedro Bispo dos Santos.

Manter tantos carros em boas condições é outro desafio. Para que não estraguem, mofem ou travem, as unidades da coleção são “hibernadas” nos galpões.

“Sai a água do radiador e entra vaselina, tiramos o óleo de freio e colocamos silicone, retiramos a gasolina e descarbonizamos o tanque e depois o enchemos de vaselina em spray, também enchemos os escapamentos de vaselina, escoamos o óleo do motor, nos carburadores vai querosene”, explica Paulo Louco. “Mas qualquer carro que está aqui, se colocar bateria e fluidos, sai andando normalmente”.

O bom trato com os clássicos vira argumento até para aumentar o acervo: “Pesquiso muito, vou atrás do currículo do carro, tento convencer a família a vender. Há quem mude de ideia quando digo que o automóvel vai ser preservado”, comenta Santos.

Com isso, o acervo cresceu a ponto de incluir até modelos muito curiosos: um Porsche 911 com cara de GT1, que pertenceu ao político Paulo Maluf; um Brabham 1972 pilotado por Wilson Fittipaldi na F1 — o ano do carro, aliás, é o mesmo do primeiro GP do Brasil; e um Opel Olympia, que veio da então Alemanha nazista como presente ao presidente Getúlio Vargas.

Este último modelo, aliás, poderia ter sua história contada em série própria: um dos orgulhos da marca alemã Opel nos anos 1930, o Olympia Cabriolet 1936 fez o trajeto entre a Alemanha e o Brasil a bordo do LZ 129 Hindenburg, o maior Zeppelin (dirigível alemão) do mundo à época. Quando chegou ao Rio de Janeiro, foi levado ao então presidente Getúlio Vargas. Acabou guardado em um galpão por anos, antes de chegar à coleção.

Mas curioso, mesmo, é que tudo começou de forma despretensiosa. O proprietário da coleção o procurou inicialmente para comprar dele um High Boy 1929. “Foi o primeiro modelo que entrou aqui”, diz. Depois da compra, o entusiasta em contato novamente para fazer negócio em outros modelos.

“Com o passar do tempo, ele começou a gostar de carros e partimos para compras de veículos históricos da indústria nacional, da indústria europeia, carros de pilotos. Nos tornamos amigos e uma hora virei curador. O mais importante é que ele não fez isso por vaidade ou investimento financeiro”, afirma. (Fonte Karina Craveiro/Uol)

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Foto: Murilo Góes/Uol
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Foto: Murilo Góes/Uol
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Foto: Murilo Góes/Uol
rolls royce springfield phanton i 1928
Foto: Murilo Góes/Uol
rolls royce springfield phanton i 1928
Foto: Murilo Góes/Uol
opel olympia cabriolet 1936
Foto: Murilo Góes/Uol
opel olympia cabriolet 1936

Fonte Uol \Mundo fixa

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