Joe Biden, o novo presidente dos EUA, anunciou nesta quarta, 20 de janeiro, que os trabalhadores e empresas americanas serão capacitados para liderar uma revolução de energia limpa. A medida está inserida na prioridade climática de seu governo, e faz parte do retorno dos EUA ao Acordo de Paris.
A revolução prevista por Biden está avaliada em US$ 2 trilhões e tem o objetivo
de combater mudanças climáticas com investimentos em energia limpa nos setores de
infraestrutura, transporte e construção. O desafio é bastante ousado, e a meta
é que os recursos para os próximos quatro anos impulsionem o país a zerar as
emissões na geração de energia nos
15 anos futuros.
O presidente mostra que a indústria de óleo e gás não terá vida fácil nos EUA. Ele
deve assinar o decreto que cancela a construção do oleoduto Keystone XL,
projetado para interligar as produções petrolífera do estado canadense de Alberta a Montana, na
região Oeste dos EUA. Este projeto foi
vetado por Barack Obama, em 2015, por conta de seus impactos ambientais. Mas
acabou sendo autorizado por Donald Trump, em 2017. No entanto, a TC Energia,
responsável pelo projeto do duto, se antecipou ao anúncio do governo e cancelou
o andamento do mesmo.
“A decisão derruba um processo regulatório abrangente e sem precedentes
que durou mais de uma década e concluiu repetidamente que o gasoduto
transportaria a energia tão
necessária de uma forma ambientalmente responsável, enquanto aumentava a segurança
energética da América do Norte. A ação leva diretamente à demissão de milhares
de trabalhadores sindicalizados e impacta negativamente os compromissos
inovadores da indústria de usar novas energias renováveis, bem como as parcerias históricas com comunidades
indígenas”, diz a empresa em nota.
Bolsonaro envia carta para Biden
Jair Bolsonaro se apegou na transição energética para propor cooperação entre Brasil
e EUA. “O Brasil tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e,
junto com os EUA é um dos maiores produtores de biocombustíveis. Tendo sido
escolhido país líder para o diálogo de alto nível na ONU sobre Transição
Energética. O Brasil está pronto para aumentar a cooperação na temática
das energias limpas”,
diz a carta.
Fonte: Epbr (https://bityli.com/gTWsK)