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O que são os superalimentos? Conheça seus mitos e verdades!

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Um alimento para ser considerado “super” é necessário possuir um alto teor nutritivo e seus benefícios devem ser comprovados cientificamente. Podemos considerar que os Alimentos que contêm substâncias capazes de oferecer um elevado número de fatores positivos na sua ingestão podem então ser chamados de superalimento. Possuem alta concentração de proteínas, vitaminas, fibras, antioxidantes e outros compostos de grande valia, que estão disponíveis em grande escala.

Nos últimos anos o Açaí, gojiberry, chia, linhaça, suco de romã, mirtilo, água de coco alçaram à categoria de superalimentos. São itens considerados portadores de superpoderes, capazes de  prevenir doenças, transformar, recuperar o organismo, emagrecer, garantir a longevidade e propiciar uma qualidade de vida muito melhor.

Será que tudo isso é verdade? Será mesmo que um alimento tem tanto poder? Após estudos, os especialistas chegaram a conclusão que não é bem assim.

Segundo o nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia), esses produtos não têm propriedades milagrosas e extraordinárias comprovadas como dizem por aí, embora sejam sim ricas em nutrientes dos quais podemos nos beneficiar. “Alguns podem ser incluídos em uma dieta balanceada, mas a pessoa precisa saber que ele não faz milagre sozinho, isso não existe”, frisa o Dr Durval. Não devemos nos enganar e bater continência todo dia, diante do cardápio mais turbinado e completo do mundo e fumar dois maços de cigarro por semana, abusar das bebidas alcoólicas e levar uma vida sedentária. Saúde e bem-estar estão atrelados a hábitos saudáveis e à prática de atividades físicas.

Como surgiram os superalimentos ?

Essa classificação surgiu como resultado de uma série de fatores. Um dele podemos dizer que é a preocupação efetiva da sociedade com o que vem sendo colocado no prato durante as refeições. De acordo com a nutricionista da área de oncologista do Hospital Sírio Libanês , não é de hoje que a ciência comprova o papel da nutrição na manutenção da saúde e prevenção de doenças, mas faz pouco tempo que a população passou a se preocupar, de maneira efetiva, com seus hábitos alimentares.

É importante ficarmos atentos e informados, pois a indústria se aproveita desse interesse da população a favor da saúde e alimentação saudável para superestimar o poder de determinados alimentos, utilizando-os assim em seus produtos alimentícios gerando um maior engajamento nas vendas. Existe o marketing, a mídia e o boom dos influenciadores digitais que ditam tendências e ajudam a propagar com velocidade tais “soluções milagrosas, rápidas e sedutoras”.Com isso surgem diversas modas de dietas e quanto mais se estuda sobre esse assunto, mais se entende que basta ter apenas uma alimentação equilibrada e comum, desde que variada, para garantir todos esses benefícios.

Devido a todo marketing envolvido, a dieta considerada saudável se torna muito cara, pois itens como goji berry, quinoa e linhaça acabam sendo vendidos por preços bem altos, sobretudo porque alguns deles são importados. O melhor a fazer e a seguir é investir naqueles alimentos do nosso dia a dia e variar bastante a dieta. Somos privilegiados por viver em um país que possui uma grande variedade de frutas, por exemplo, em todas as regiões. Existem diversas maneiras de adquirirmos os nutrientes necessários nas dietas.

O gojiberry é um excelente exemplo, pois possui 19 aminoácidos, 21 minerais, 22 polissacarídeos e triptofano, entre outros nutrientes. Já o açaí tem propriedades semelhantes, é uma fruta brasileira e traz diversos benefícios à saúde também.

As provas científicas sobre o poder dos superalimentos são contrastantes, pois seus estudos realizados nos laboratórios, são feitos sob condições diferentes daquelas em que são consumidos no dia a dia por uma pessoa comum e o alto teor de nutrientes identificados nos estudos não é idêntico dos ingeridos em uma dieta padrão.

Outro fator importante que deve ser considerado é o processo que alguns desses superalimentos passam antes de chegar até as prateleiras como, por exemplo, a adição de açúcar e outros componentes que podem modificar um pouco as propriedades ou até mesmo minimizar algumas das vantagens dos bioativos.

Por mais que os superalimentos sejam naturais, eles também precisam ser consumidos com moderação, respeitar o seu cultivo e estar atento à época do ano em que ele pode ser consumido com o mínimo de quantidade de conservantes e outros aditivos da indústria.

A maior parte da população pensa que pode comer quantidades ilimitadas dos superalimentos e que terão sempre benefícios ilimitados o que está completamente errado, pois mesmo comida saudável em excesso engorda e pode trazer malefícios.

Para uma dieta ser considerada ideal, ela deve conter grandes quantidades e variedade de frutas, vegetais, grãos e produtos animais saudáveis, diante disso podemos afirmar que existem diversos alimentos saudáveis para experimentar e incluir no dia a dia, mesmo que nenhum deles seja rotulado como um superalimento.

Vale mesmo a pena consumir Superalimentos?

Como já dito anteriormente, esses alimentos são recheados de antioxidantes e de altas concentrações de vitaminas, minerais e aminoácidos, portanto não se trata de um mito ou de pura invenção comercial. Superalimentos são fontes de compostos bioativos e de tudo que há de bom como exemplificamos acima.

Esses alimentos devem ser incluídos na alimentação, desde que de forma variada e moderada, focando nos frescos e orgânicos.

Toda dieta que contém antioxidante, alto teor de vitaminas e nutrientes, acompanhada de atividades físicas, contribui para o bem estar e qualidade de vida melhor.

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