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Prazer em existir

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Certa vez tive a oportunidade de conversar com uma das minhas alunas, de maneira mais próxima, em um dos nossos encontros semanais de postura saudável. Ousei perguntar onde era a raiz daquela postura liberta e grandiosa que nela continha. Onde ela chegava brilhava mais e mais, dia após dia, diferente de visões anteriores.

A aluna, por sua vez, confessou que era um dos aprendizados aplicados diariamente por ela em celebração da libertação de suas antigas prisões. Uhu, eu reagi com olhos entusiasmados por querer saber mais e lancei outra interrogação. Como assim, prisões?, se ela nunca foi presa!

De fato, confirmou. Não prisão física, mas com toda certeza, prisão emocional, traço doentio de quem lhe fez acreditar em inverdades dela mesma por anos a fio. Às vezes, os mais próximos e escolhidos por nós se apoderam do nosso precioso eu. Damos a permissão para o que deveria ser intransferível.

O doentio apresenta a sua doença ao mundo e às vezes até ousa dizer que era em formato de amor. É bem verdade que ela foi por muito tempo carcerária dela mesma, mascarada, sem saber ao certo o seu local de cativeiro, acreditando que era oásis.

Aqui temos uma perigosa queda em elevado penhasco! É íngreme! Ela só não demonstrava socialmente, porém sentia os efeitos da prisão, uma vez que o corpo guarda os nós engolidos e é preciso desatá-los. Entretanto, mediante os investimentos em autoconhecimento e também em atendimentos contínuos, podemos ver a luz de dentro sair pelas portas das dores físicas. 

A dor de não conhecer a si mesma é a dor maior de um corpo/vida que se estende e contempla na mente e na alma. É perigoso permanecer nesse local.

Pensei comigo, quantos de nós estamos nestes aprisionamentos contínuos?  Prisões internas. Pouco faladas e principalmente mal-entendidas. Assim, assimilei a reposta à minha pergunta e a denominei como um momento de libertação, a conquista maior de uma riqueza. Riqueza interna e do autodomínio. Traduzi a mim e transcrevi um universo dali por diante como profissional e pessoal.

Poucos conseguem e ela conseguiu. Chamei de prazer de existir, o desejo coletivo de li- ber- da-de de ser você, com asas imensas em solo próprio.

Entretanto, somente após um olhar profundo das camadas escondidas das interpretações alheias e reconsideração dos fatos, ela presenteou-a em receber-se. Ela voou um lindo e permanente voo com autoria de pausas e soube honrá-las com dignidade. Conhecida como autonomia, naturalmente, de quem se permite amar saudavelmente. Saída, enxotada do doentio. Sai logo fio! Brincadeiras à parte, somente quando habitamos em nós respeitamos as nossas raízes e fazemos bons frutos dela. Damo-nos a chance de respeitar o destino plantado e colhido por nós.

Esta foi a riqueza conquistada, absorvida inteiramente, e ninguém mais pode sequestrá-la.

Olhou-se nos olhos com o coração purificado. No entanto, o prazer em existir não cabe na cabeça, no celular ou na carteira. É muito ouro, compreende?

A chave da gaiola está nas mãos de quem muda a vibração em ação da conquista própria. Pessoas assim ainda sofrem preconceito em apoderar-se de sua melhor versão.

A chave-ouro deverá ser encontrada nos cômodos do coração. É íntimo e pessoal neste batimento contínuo. Os tesouros estão no aguardo do prazer de viver e o corpo é a expressão dessa pulsação vital, quando bem acolhido e cuidado. Este é o achado de quem se perdeu e precisou se encontrar. É preparação de voo, com presentes constantes e com paisagens do prazer da contemplação também da beleza.

Liberte-se, passarinha. Você já nasceu!

Foto. Beth Mattos

Sinuê Hendgel
Sinuê Hendgel
Professora, Avaliadora Postural, Colunista, Mentora e Bailarina. Meu propósito é ajudar você, a se reconectar com o seu corpo. Transforme a sua Vida com as Posturas Saudáveis. Atendimento online e presencial em Guarulhos e São Paulo. Palestras pelo Brasil.
http://sinuehendgel.com.br

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