Corinthians perde por 2 a 1 para o Cruzeiro

Ao fim da derrota por 2 a 1 para o Cruzeiro, nesta quarta-feira, torcedores e time já entenderam que a briga do Corinthians é outra. As arquibancadas aplaudiram a postura de luta da equipe. Essa sinergia será fundamental para o Timão espantar o risco de rebaixamento no Brasileirão. Sim, é um risco. É real.

O Cruzeiro fez valer sua superioridade nas duas finais do torneio nacional, enquanto o Corinthians, limitadíssimo, mostrou que chegou longe demais. Agora, é hora de esquecer imediatamente a perda da Copa do Brasil e focar na missão que lhe resta.

Serão nove jogos até o fim do Campeonato Brasileiro, o primeiro deles contra o Vitória, domingo, no Barradão. Um confronto direto que pode, este sim, ter efeitos bem mais desastrosos em caso de derrota. O revés contra o Cruzeiro, repita-se, foi trivial.

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A final contra um time muito superior mostrou em que nível o Corinthians se encontra hoje: com um elenco fraco, uma formação titular que ainda não se entende e um técnico que, em seu início, tem pouco material para trabalhar e encara decisão atrás de decisão.

O outro lado: a luta, a raça e a força da torcida em Itaquera podem fazer a diferença. Ainda que tenha enormes dificuldades na criação de jogadas, o Corinthians eliminou o Flamengo nas semifinais e deu algum trabalho ao Cruzeiro nesta quarta-feira.

São apenas mais quatro jogos em casa (Bahia, São Paulo, Vasco e Chapecoense). Se somar os 12 pontos na Arena, o Corinthians, hoje com 35, chega aos 47 e fica, em tese, livre. Mas… Quem disse que será fácil? São apenas quatro pontos de distância para o Ceará, que abre o Z-4.

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No jogo em que o Corinthians mais precisou de seu ataque sob comando de Jair Ventura, nada aconteceu nos 45 minutos iniciais. Pelo contrário. As entradas de Emerson Sheik e Jonathas tiraram a velocidade do time – uma das poucas boas características do setor ofensivo. Só Pedrinho, no segundo tempo, deu um alento à equipe.

Ok, a ideia de Jair Ventura era melhorar a presença de área e fazer de Jonathas um pivô, escorando para quem vem de trás ou até finalizando a gol. Mas, havia um Dedé no meio do caminho… O centroavante, no primeiro tempo, acertou apenas cinco passes, cometeu duas faltas e sofreu uma. Finalizações? Esqueça.

O mais preocupante para o torcedor – já pensando na sequência do Brasileirão – é que o Corinthians não deu qualquer sinal de evolução na criação.

• Jadson, sozinho, tentou lançamentos, inversões, mas seus companheiros nem sempre entenderam a intenção do camisa 10, sempre um passo à frente no raciocínio;
• Sheik lutou, catimbou, quase arrumou briga, mas não é mais fator decisivo num futebol que exige cada vez mais da parte física. Pela direita, marcado pelo improvisado Lucas Romero, pouco fez de efetivo;
• Na saída de bola, outro erro. Douglas não vive boa fase, é verdade, mas tem qualidade no passe e sabe sair jogando. Gabriel e Ralf, que são bons na parte defensiva, já estavam pendurados com cartão amarelo aos 18 minutos;
• O jogador mais criativo do elenco, Pedrinho, começou mais uma vez no banco. Ainda não está 100% pronto, mas já tem credenciais suficientes para ser utilizado em jogos grandes. Foi ele, afinal, o autor do gol que colocou o Corinthians nesta decisão;
• Aliás, foi de Pedrinho, também, o golaço anulado pelo VAR que deixaria o time em vantagem no placar (veja abaixo).

Depois da partida, o tom foi aquele que deveria ser adotado. Andrés Sanchez pediu desculpas pelo vice, assumiu responsabilidades pelo desmanche que custou caro ao Corinthians no segundo semestre, e Jair Ventura mostrou foco na luta contra o rebaixamento.

Apenas um porém: Andrés falou em elenco para 2019. Antes, é preciso garantir um fim de 2018 sem sustos. Para um time que custa a fazer gols e fez apenas nove pontos em 30 possíveis no segundo turno do Brasileirão… Os últimos meses do ano prometem fortes emoções.